Gerir desinformação e teorias da conspiração prejudiciais é bastante desafiador porque o conteúdo está sempre mudar e a evoluir. Para lidar com este tipo de conteúdo de maneira eficaz, é fundamental que as nossas equipas revejam e actualizem continuamente as nossas políticas e os nossos sistemas de modo a refletirem estas mudanças frequentes. Hoje, estamos a dar mais um passo nos nossos esforços para limitar o ódio e o assédio, ao remover mais conteúdo ligado a teorias da conspiração, utilizado, muitas vezes, para justificar a violência no mundo real. Este passo baseia-se no nosso trabalho dos últimos anos para fortalecer e desenvolver as nossas políticas e implementá-las - trabalho esse que foi organizado à volta de quatro pilares: remoção de conteúdo que viola as políticas, redução da disseminação de desinformação prejudicial, aumento das vozes autorizadas e recompensa dos criadores confiáveis.
Há quase dois anos, demos um passo importante para limitar o alcance de desinformação prejudicial atualizando o nosso sistema de recomendações. Esta ação resultou numa queda de 70% das visualizações provenientes da nossa pesquisa e sistema de descoberta. Na verdade, quando analisamos o conteúdo do movimento QAnon, reparámos que o número de visualizações provenientes de recomendações não subscritas para canais proeminentes relacionados com este movimento caiu mais de 80% desde janeiro de 2019.
Além disso, removemos dezenas de milhar de vídeos relacionados com o QAnon e encerrámos centenas de canais com base nas nossas políticas existentes, especialmente os vídeos que impulsionavam explicitamente a violência ou que negavam a existência de grandes eventos violentos. Todo este trabalho foi fundamental para restringir o alcance de conspirações negativas, mas há ainda mais coisas que podemos fazer para detetar certas teorias da conspiração que são usadas para justificar a violência no mundo real, como o movimento QAnon.
Hoje, estamos a expandir ainda mais as nossas políticas referentes ao ódio e ao assédio para proibir conteúdo que vise um indivíduo ou grupo com teorias da conspiração que foram utilizadas para justificar a violência no mundo real. Um exemplo seria conteúdo que ameaça ou assedia alguém, ao sugerir que este é cúmplice de uma dessas conspirações prejudiciais, como o QAnon ou Pizzagate. Como sempre, o contexto é importante, portanto, a cobertura de notícias sobre estas questões ou o conteúdo de discussão sem que tenha como alvo indivíduos ou grupos protegidos podem permanecer ativos. Vamos começar a aplicar esta atualização de política hoje mesmo e vamos intensificá-la no decorrer das próximas semanas.
Devido à evolução da natureza e das táticas dos grupos que promovem estas teorias da conspiração, vamos continuar a adaptar as nossas políticas para nos mantermos atualizados e comprometidos em tomar as medidas necessárias para cumprir esta responsabilidade.